sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Matemática da vida

A Matemática da Vida

Fim de mês é data boa
Que faz a nossa alegria.
Ao receber o salário
Do patrão da Companhia.

Mas também é de tristeza
Quando a gente volta a casa
Pois o bolso do empregado
No mercado tudo vaza.

Mal dá para a comida
Do puro arroz com feijão.
E sem um centavo no bolso
O mês vira solidão.

Não tem jeito de sair
À noite, em diversão.
Ninguém quer saber de gente
Com bolsos sem um tostão.

Nessa situação danada
Vi sem jeito de ficar
Eu tinha que mudar de vida
Antes dela se acabar.

Então pensei na escola
Que eu tinha deixado pra lá...
Será que depois de anos
Adiantaria eu voltar?

Pensei, pensei e fiz as contas:
Se eu fizesse o supletivo,
Talvez eu viesse aprender
A ser um cara mais vivo.

Se eu aprendesse matemática,
Somaria melhor minha conta,
Diminuiria um pouco meu gasto...
Talvez molhasse a garganta!

Foi essa avaliação o que me fez decidir
Voltar à escola, ao ponto em que desisti,
Dividir meu tempo ao trabalho
Na busca do que perdi.

E assim voltei estudar
Na primeira fase do EJA.
Sempre bastante cansado
Do pós dia de peleja.

Mas peguei firme com Deus
Que eu haveria de dar conta.
Estudei cada operação
Fiquei tal barata tonta.

O mundo girava em números...
Unidades, dezenas... Unidades de milhar;
Milhões de bilhões e trilhões;
Ninguém conseguia contar.

Então veio o dia de prova.
Oh, que terrível tensão!
Foi zero pra cá, zero pra lá,
Uma total reprovação.

Então o professor explicou
Que na Matemática é assim.
O que no começo se erra,
Se aprende tim-tim por tim-tim.

Então ele fez outra prova
Sob nova orientação
Passo a passo nos mostrando
Como refazer a lição.

Nas contas com os inteiros
E também os decimais:
Vírgula debaixo da vírgula
É assim nas “contas de mais”.

Quando eram as de vezes,
Contas de multiplicar.
As casas depois da vírgula,
Nessas, tinha de contar.

Nas de dividir, então...
É mais fácil de explicar.
Bastavam as decimais
Antes de tudo, igualar.

A prova foi um sucesso
Depois dessa explicação.
Não teve quem tirou zero
Foi total a aprovação

Então o mestre explicou
Que foi nossa decisão
Diante dos resultados
Que dos nos deu motivação.

Disse que nessa terra
Todo mundo nasce igual
E o que faz a diferença
É não querer ser tal qual.

Todos podem aprender
A somar... Multiplicar.
Só uma coisa é preciso:
Coragem pra começar.

E isso aqui tem de sobra...
Tutano melhor tá pra vir.
Então não pode haver Matemática
Que nos faça desistir!

Um mais um soma dois
Duas vezes dois somam quatro
Aprendendo mais Matemática
Terá mais feijão no prato.

Como filho dessa terra
Lutarei até o fim.
E as glórias que vêm dos céus
Serão também para mim.

Izaias Resplandes


domingo, 18 de outubro de 2009

Primeira Caminhada da Natureza


Acima e abaixo: Grupos de alunos participantes da Caminhada



Alunos e professores da Escola Pe. César Albisetti, participaram da 1ª Caminhada da Natureza que abriram os festejos do aniversário de Poxoréu.

Professores Jeniffer Batemarque e Izaias Resplandes


Os professores Sandra Maria Moraes e Luís Sérgio, ladeados por Paulo Silva e Selvino.

Leia a matéria completa em: http://www.respland.blogspot.com/


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Escola Técnica de Poxoréu


Parabéns aos que lutaram para que isso acontecesse. Parabéns à Drª Edvige Dassi pelas sementes que lançou sobre esse solo. Se a senhora não tivesse a ousadia de iniciar o empreendimento, esse sonho dos jovens de Poxoréu não estaria realizado.

O líder tem que lançar idéias, começar a pô-las em prática demonstrando a sua viabilidade, mas a sociedade precisa dar continuidade, para que o empreendimento seja social e não apenas um ato individual do líder. A idéia da Escola Técnica, incialmente agrícola, sempre foi excelente e viável, mas quem tem de arcar com o ônus de sua execução é a sociedade. E mais, de forma agradecida porque alguém ousou sonhar e acreditou no sonho, tornando-o um início de realidade.

Repito: Parabéns à Drª Edvige Dassi pela sonho, pela coragem e pela vida que tem dedicado a essa terra poxoreana. E parabéns, igualmente à sociedade mato-grossense por encampar esse projeto, tornando-o uma obra social na verdadeira acepção do termo.

Maquiavel disse que o povo serve para bater palmas. Mas certamente, as palmas devem ser batidas para quem merece, para quem faz e não simplesmente para quem é bom de gogó, mas que apenas grita e nada faz. Junto-me aos poxorenses, na condição de amigo, para aplaudir a inciativa da Drª Dassi e a recepção dos Orionitas e das autoridades desta cidade e deste Estado pela encampação do projeto que faz surgir para a juventude da GRANDE POXORÉU, a Escola Técnica de Poxoréu.