quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Desfile de 26 d Outubro: Contribuições da Escola Profª Juracy Macêdo


CONTRIBUIÇÕES DA ESCOLA PROFª JURACY MACÊDO NOS  EVENTOS DE POXORÉU


A ESCOLA ESTADUAL PROFª JURACY MACÊDO PROCUROU SEMPRE ESTAR PRESENTE EM TODOS OS EVENTOS CULTURAIS DESTE MUNICÍPIO DE POXORÉU, MT, POR ENTENDER QUE A PARTICIPAÇÃO É UM DOS VALORES A SEREM FORMADOS E IMPREGNADOS EM TODOS OS CIDADÃOS DE UMA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA.


A ESCOLA TEM REGISTRADO MUITAS GLÓRIAS NO CAMPO DO DESPORTO, PRINCIPALMENTE NO FOOT SAL E NO HANDBALL. ACREDITA QUE O ESPORTE É UMA FORMA DE CANALIZAR O EXCESSO DE ENERGIA DA JUVENTUDE PARA A REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES PRAZEROSAS E INCENTIVADORAS DOS ESTUDOS DE UM MODO GERAL.


A POESIA É UM PODEROSO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO DA SENSIBILIDADE E DAS EMOÇÕES HUMANAS. A POESIA LIBERTA A ALMA DE UM INDIVÍDUO DE SUAS PREOCUPAÇÕES ROTINEIRAS PARA QUE POSSA SE PREOCUPAR COM A COMPLEXIDADE DOS PROBLEMAS HUMANOS. A ESCOLA PROFª JURACY MACÊDO SEMPRE QUE POSSÍVEL ESTEVE PRESENTE NOS RECITAIS DE POESIAS ORGANIZADOS EM NOSSA CIDADE.


A ESCOLA SEMPRE OFERECEU A SUA CONTRIBUIÇÃO NAS APRESENTAÇÕES CULTURAIS REALIZADAS EM POXORÉU, POR ENTENDER QUE CADA UMA DELAS É UMA PORTA ABERTA PARA QUE SEUS ALUNOS POSSAM DEMONSTRAR OS SEUS TALENTOS NAS ARTES EM GERAL, NOTADAMENTE NO CAMPO DA DANÇA COREOGRAFADA.


ENCERRANDO ESSE BLOCO, A ESCOLA PRESTA UMA HOMENAGEM AOS ALUNOS DE ONTEM E DE HOJE QUE SE ENVOLVERAM NAS GINCANAS CULTURAIS, COMPETINDO EM DEMONSTRAÇÕES ACERCA DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS EM SEUS ESTUDOS.



sábado, 6 de outubro de 2018

Os homens de poder

Os homens de poder

Izaias Resplandes de Sousa

Há muitas formas de se exercer o poder. Ricos e pobres podem exercê-lo. No entanto, a riqueza normalmente controla o exercício do poder. E por isso, os homens querem ser ricos, cada vez mais. A riqueza é o sonho de consumo de quase todo mundo. No afã de consegui-la, as pessoas costumam ultrapassar todos os limites possíveis. Verbos como matar, roubar, fraudar, mentir, enganar, distorcer, deturpar e outros tantos nessa linha são frequentemente conjugados por aqueles que têm fome de riqueza. Amizades são desfeitas e famílias desintegradas. Dizem de certas pessoas, que são capazes de matar a própria mãe para subir na vida. É de ver que a meta de alcançar a riqueza, pouca ou muita, faz com que o homem descumpra o contrato que garante a paz social e, assim, retorne ao estado de barbárie e selvageria e à sua eterna luta contra todos os demais. Nessa situação, o homem perde o seu bem mais precioso: a sua humanidade.
A Bíblia diz: Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Marcos 8:36.
A alma é o bem maior de uma pessoa; é a sua vida, é o que pode existir ou o pode morrer. O salmista diz:
1)   Que a alma vive: Viva a minha alma, e louvar-te-á; ajudem-me os teus juízos. Salmos 119:175;
2)   Que a alma morre: Que homem há, que viva, e não veja a morte? Livrará ele a sua alma do poder da sepultura? Salmos 89:48.
O homem com sede de riqueza perde a sua alma antes da sepultura. O rico é quase sempre uma pessoa mesquinha, amarga, infeliz, medrosa.
O rico ajuda os outros com pequenas esmolas, cuidando para não acontecer de dar tudo e ficar sem nada; e ficar pobre. O que ele dá é aquilo que não lhe fará falta. O rico tem medo de ficar pobre. Ele detesta a pobreza. No entanto, a maioria dos pobres busca a amizade do rico, acreditando que estes podem se interessar por eles. Os ricos, como disse o deputado Justo Veríssimo, personagem criado por Chico Anísio, querem mesmo é que os pobres se explodam e que morram todos.
Jesus mostrou como agem os ricos e comentou sobre eles. Ele disse a um rico:
Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades. Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus. Mateus 19:21-24.
Não é que o rico não se salva. Nem todos os ricos estão inaptos ao reino dos céus. Jesus pode transformar o coração de todos, até mesmo dos ricos. A dificuldade deles está no fato de que eles confiam mais em suas próprias riquezas para se salvarem do que em qualquer outra coisa, o que não ocorre com os pobres, porque já que eles não têm nada em que possam confiar, por que não confiarem em Deus?
Jesus também fez um comentário sobre as ofertas que os ricos faziam, comparando-as com as ofertas dos pobres. É assim o relato:
E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; e disse: em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha. Lucas 21:1-4.
É de ver que o dinheiro do pobre é tão pouco, que qualquer coisa que ele tirar vai lhe fazer falta. Mas, mesmo assim, o pobre sempre se sensibiliza com as necessidades dos demais. Ele sabe o que é sofrer, porque sofre todo dia. Então, mesmo sabendo que vai obter poucos resultados com suas ofertas, mesmo assim ele faz questão de ajudar. Já o rico, dá alguma coisa para aparecer e não porque realmente deseja ajudar a diminuir o sofrimento das pessoas. É claro que não vamos rejeitar as ofertas dos ricos, pois afinal, como disse certa mulher: Os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Mateus 15:27.
É de destacar que o mais importante nessa reflexão sobre o poder não é o fato de se ser rico ou se ser pobre, mas o que cada um faz com a sua riqueza em favor dos demais. Deus não deu mais a uns para que se locupletem de “deleites e prazeres”, mas muitos pensam que foi para isso.
De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Tiago 4:1-3.
É de destacar a necessidade de que alguém promova a justiça social, o equilíbrio na distribuição de renda e a igualdade entre os homens. Esse é o papel dos governantes e de todos que têm recebido o poder para gerenciar. É de ver que o poder pertence a Deus. Aos homens cabe o gerenciamento conforme os propósitos divinos.
Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus. Salmos 62:11.
Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. 1 Pedro 4:10.
O apóstolo Paulo elogia a atitude dos crentes pobres da Macedônia, porque haviam entendido o papel das riquezas, poucas ou muitas.
Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. 2 Coríntios 8:1-5.
O ato de compartilhar o que tem com os outros, ainda que se tenha pouco, tem a virtude de produzir o gozo, a alegria, o prazer. É de ver que, enquanto aquele primeiro rico que nos referimos ficou triste porque era possuidor de muitas propriedades e não se sentia à vontade para dá-las aos pobres, os pobres da Macedônia ficaram alegres e felizes de poderem compartilhar um pouco dos bens de sua pobreza com outros, igualmente pobres, que viviam em Jerusalém.
E Paulo explica o porquê de tal interesse:
Porque pareceu bem à macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais. Romanos 15:26,27.
É dando que se recebe. Assim diz a Palavra:
Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." Lucas 6:38
O homem que tem uma natureza tipicamente rica normalmente não se preocupa em ajudar porque ele acredita que nunca precisará de ajuda. Mas, todos sabem que ninguém é autossuficiente e, mais cedo ou mais tarde chegará o dia em que estaremos pedindo ajuda a alguém.
O homem poderoso às vezes até ajuda, mas não porque deseja ajudar, senão que para se livrar do aborrecimento daquele que bate em sua porta. A Bíblia cita um exemplo:
Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister. Lucas 11:5-8.
Também conta a história de um juiz:
Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: faze-me justiça contra o meu adversário. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. Lucas 18:2-6.
O que tem algum poder, normalmente faz alguma coisa pelo que não tem apenas para se livrar de um aborrecimento. Ele não têm prazer em ajudar. Os poderosos não se incomodam com as causas dos aflitos, dos que sofrem, dos miseráveis, dos desassistidos. Isso não quer dizer que eles irão todos para o inferno. Não estou julgando os ricos e nem a ninguém, mas apenas analisando essa categoria à luz da Bíblia. Não estamos aqui para condenar ninguém, principalmente porque Deus não faz acepção de pessoas e Ele não quer que nenhum pereça. Portanto, não é hora de jogar ninguém no Lago de Fogo. Isso vai acontecer, mas não seremos nós que faremos isso.
É de ver que os ricos também podem ser salvos. Vejamos o caso de Zaqueu.
E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente. E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Lucas 19:1-10.
Zaqueu foi um rico que se converteu e passou a ter grande prazer em ajudar aos pobres e a corrigir os seus erros. Isso não é coisa comum de se ver. A regra é que os ricos não se interessem por Deus, porque se acham deuses, senhores e poderosos. E isso é um caso de preocupação, principalmente quando vemos os pobres se comportando da mesma maneira.
Os ricos querem continuar ricos e os pobres também querem ficar ricos. Mas a verdade é que não existe a possibilidade de todos ficarem ricos, porque os recursos são limitados e não são suficientes para todos. Mas é evidente que não é de justiça que uns poucos tenham quase tudo, enquanto que os muitos restantes não fiquem com quase nada.
Jesus orientou aos ricos para fazerem a distribuição de suas riquezas. É nosso dever lutar pela diminuição das desigualdades sociais, pela minimização das diferenças de classes. Infelizmente, não é isso que vemos hoje em dia.
A regra em uma sociedade capitalista é fazer todo o possível para ganhar mais e perder menos. Pobres são orientados a deixar de comer, de vestir, de se divertir e coisas do gênero, para poupar, para colocar os seus minguados recursos nas mãos dos banqueiros, em troca de dividendos irrisórios. No entanto, esses, quando emprestam, cobram juros exorbitantes.
Não digo que não devemos fazer administração financeira, mas devemos ter cautela sobre como fazemos isso.
É de ver que poucos pobres ficaram ricos. Alguns até se remediam, mas a maioria pobre, sempre continua pobre, mesmo trabalhando para os ricos e poderosos. Jesus disse que sempre teríamos os pobres conosco. João 12:8.
A orientação bíblica é de que aprendamos a viver contentes, mesmo vivendo em uma situação de pobreza. O pobre é feliz, o rico não.
O pobre sai de casa com tranquilidade e vai se divertir. O rico se tranca em casa e fica vendo televisão, com medo de ser roubado. O pobre passeia pelas ruas, praças. O rico anda de carro, com medo de ser assaltado. A vida do rico é uma tribulação constante, enquanto que a do pobre é uma calmaria. No entanto, apesar desse quadro, os ricos querem continuar ricos e os pobres querem ser ricos a todo custo.
A Bíblia alerta:
Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? Porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia. Provérbios 23:4, 5.
E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. Lucas 12:15.
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Mateus 6:24.
Não confieis na opressão, nem vos ensoberbeçais na rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração. Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus. Salmos 62:10,11.
Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido. Provérbios 11:24,25.
O poder e a riqueza pertencem a Deus e deve ser usado para diminuir as desigualdades sociais e os sofrimentos de todos. É responsabilidade de quem tem qualquer forma de poder compartilhar esse poder com os que não têm para que cada um seja o mais universalmente igual ao outro.
Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos. Ageu 2:8.
É evidente que todo aquele que acha que tem algum poder não haverá de concordar com essa exposição, mas não é nosso objetivo contender. Apenas esclarecer. Cada um, no exercício de sua liberdade e no uso dos espaços que criar também poderá usar a tribuna para defender suas posições contrárias. Todavia, sempre com respeito e sem prover a desordem e a confusão.
Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. 1 Coríntios 14:33.
Que o Senhor nos abençoe e nos ajude a compreender os nossos caminhos. Amém!

Livro Emoções

Livro Emoções


Olá, pessoal. Estou aqui para dizer que organizei e estou publicando um livro eletrônico com minhas poesias. Quero dizer que nem todas as poesias são inéditas. Muitas delas você já deve ter lido ou ouvido. Mas tem várias poesias que nunca divulguei. Aqui está o link para o acesso. E logo abaixo eu transcrevo o prefácio do trabalho. Espero que goste de pelo menos alguma das poesias. Leia, divulgue, compartilhe a vontade. Não escrevi para mim, escrevi para você e para o mundo.


– PREFÁCIO –

Eu fui gerado. Eu nasci. Eu cresci. Eu vivo. Eu respiro. Eu escrevo. Eu gosto de escrever. Já escrevi muitos livros. Publiquei uns poucos com papel e tinta, alguns nas plataformas virtuais e muitos estão florescendo nos jardins da minha mente e dos meus sonhos. Muitos escritores vivem de livros. Não me lembro de ter vendido livros, mas eles também estão na base de todas as fases de minha vida.
Este livro, em particular, não é mais um livro de poesias. É um livro com as minhas emoções, as quais eu quero compartilhar. Essas não são as primeiras e nem as últimas. Enquanto houver seres vivos haverá emoções e haverá poesia.
As poesias são sentimentos inéditos que nunca se repetem. Nem se fôssemos juntar todas as poesias, de todos os poetas do mundo, nem assim teríamos poesias repetidas. Cada poesia tem a sua própria emoção. É uma figurinha  carimbada. Este livro exterioriza um pouco das emoções que senti na vida e que transpirei em cada um dos versos que escrevi em suas páginas.
As poesias deste livro não estão organizadas conforme o tempo em que foram escritas. Nos meus primeiros escritos eu costumava colocar a data da produção. Depois eu abandonei essa prática porque cheguei a pensar que a poesia não tem data. Ela é um escrito para a nossa necessidade, seja qual for a hora ou o dia em que essa se manifestar. Quando a gente estiver triste, haverá uma poesia que nos alegre o coração. Quando estivermos melancólicos, haverá uma poesia que aplaque a nossa saudade. Mas, apesar de pensar dessa forma, acho que as datas são importantes para organizar o nosso pensamento. Elas ajudam as pessoas a nos compreenderem melhor. Nesta obra eu mantive apenas algumas datas nas poesias, porque já estavam datadas.
As poesias deste livro poderiam estar organizadas por assunto. Mas não estão. Elas estão organizadas de acordo com a minha vida. Não estabeleci ordens de quaisquer espécies para viver. Simplesmente fui vivendo, da mesma maneira que simplesmente fui escrevendo. E então, aqui está um pouco de minha vida e de meus escritos. Meu objetivo é apenas um: espero que você leia e goste. E se servir para te ajudar em alguma coisa de sua vida, não se acanhe de usar esse remédio. A poesia é tão útil, mas tão útil, que pode curar todos os males de nossas vidas.
Boa leitura.
Poxoréu, MT, outubro de 2018.
Izaias Resplandes de Sousa

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Avaliações externas e internas da escola: aspectos introdutórios

Avaliações externas e internas da escola: aspectos introdutórios

Prof. Izaias Resplandes de Sousa

A avaliação é uma atividade necessária em todas as etapas do processo educacional. Permite que se estabeleça um valor quantitativo ou qualitativo do trabalho que está sendo realizado ou que se realizou.

A avaliação tem a função de nos dizer se o objetivo preestabelecido foi alcançado e, em caso negativo, nos dizer porque não foi, de forma a reorientar no prosseguimento das ações.

A avaliação reflete sobre o nível do trabalho do professor como do aluno, por isso a sua realização não deve apenas culminar com atribuição de notas aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento de coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos. Esta, porém, determina o grau da assimilação dos conceitos e das técnicas/normas; ajudam o professor a melhorar a sua metodologia de trabalho, também ajuda os alunos a desenvolverem a autoconfiança na aprendizagem do aluno; determina o grau de assimilação dos conceitos.
A motivação do docente no ensino e a sua adequada formação deve dar o direito de comunicar ou se expressar, representando algo que seja para a criança se comunicar a partir do vocabulário formal a partir de uma linguagem "normalizada" determinada pela sua evolução mental, com capacidades para descobrir, investigar, experimentar, aprender e fazer, aprofundando os seus conhecimentos no domínio da natureza e da sociedade.

Conceitos

Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991; p196) "a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho."
Para GOLIAS (1995; p90) a avaliação é "entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha o desenrolar do ato educativo".
"avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento dos alunos, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas de planificação do trabalho e da escola como um todo" PILETTII (1986; p. 190).
LIBÂNEO (1991; p. 196) define "avaliação como uma componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes".
NÉRICI (1985; p. 449) "relaciona avaliação com a verificação de aprendizagem pois, para ele, a avaliação é o processo de atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na verificação da aprendizagem".

Objetivos da avaliação

Todas as atividades realizadas no dia a dia tem a pretensão de alcançar um objetivo geral e alguns objetivos específicos.
Os objetivos gerais são aqueles que tratam do desenvolvimento do indivíduo como um todo, tanto no domínio cognitivo e afetivo, como também no psicomotor.
Os objetivos específicos correspondem a atividade que se deve observar na avaliação. Devem ser expressos através de verbos convenientes.
A avaliação só é possível através de um bom planejamento. Sempre que o professor avalia o discente, necessita replanejar as aulas e usar novos métodos pedagógicos, dependendo das dificuldades apresentadas pelos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.

Importância da avaliação

A importância da avaliação reside na sua função social e pedagógica. A avaliação tem a função diagnóstica, pedagógico-didática e de controle.
Na função diagnóstica, o professor identifica as dificuldades do aluno e os seus conhecimentos prévios. Ela também ajuda o professor a constatar as falhas no seu trabalho e a decidir sobre a passagem ou não para uma nova unidade temática. Aponta ao aluno os pontos em que precisa melhorar.
A função pedagógico-didática se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar. Permite um reajustamento com vista à prossecução dos objetivos pedagógicos pretendidos, ao mesmo tempo favorece uma atitude mais responsável do aluno em relação ao estudo, assumindo-o como um dever social; contribui para a avaliação, para correção de erros de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento de capacidades cognitivas.
A função de controle controla o PEA, exigindo mais dos professores, pois a observação visa investigar, identificar os fatores do ensino, fazendo com que o professor se adapte aos diferentes comportamentos dos alunos. Permite que haja um controle contínuo e sistemático no processo de interação professor-aluno no decorrer das aulas.

Características da avaliação educacional

  • Reflete a unidade: objetivo/conteúdo/método: o aluno precisa saber para o que está trabalhando e no que está sendo avaliado e quais serão os métodos utilizados.
  • Revisão do plano de ensino: ajuda a tornar mais claro os objetivos que se quer atingir, onde o professor à medida que vai ministrando os conteúdos vai elucidando novos caminhos, ao observar os seus alunos, o que possibilitará tomar novas decisões para as atividades subsequentes.
  • Desenvolve capacidades e habilidades: uma vez que o objetivo do processo ensino e aprendizagem é que todos os alunos desenvolvam as suas capacidades físicas e intelectuais, sua criticidade para a vida em sociedade.
  • Ser objetiva: deve garantir e comprovar os conhecimentos realmente assimilados pelos alunos, de acordo com os objectivos e os conteúdos trabalhados.
  • Promove a auto-percepção do professor: permite ao professor responder questões como: Os meus objetivos são claros? Os conteúdos são acessíveis, significativos e bem dosados? Os métodos são os mais apropriados aos meus "clientes"? Ajudo bem aos que apresentam dificuldades de aprendizado?

Tarefas da avaliação

As diversas tarefas da avaliação do PEA são as seguintes:
  1. Conhecer o aluno: Pode-se orientar e guiar o aluno no processo educativo avaliando-o, para melhor conhecer a sua personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o sucesso de todos.
  2. Verificar os ritmos de progresso do aluno: É a coleta de dados sobre o aproveitamento dos alunos através de provas, exercícios ou de meios auxiliares, como observação do desempenho e entrevista, para verificar se houve um progresso do aluno desde o ponto de partida da aprendizagem até ao momento. O professor pode organizar um caderno para anotar a progressão dos alunos em cada período.
  3. Detectar as dificuldades de Aprendizagem: Ao avaliar, o professor pode detectar algumas dificuldades dos alunos. Também pode apontar as dificuldades no caderno. Por exemplo, o Carlos tem "problemas na representação do afastamento ou cota de um ponto", escreve corretamente e conhece bem a Gramática. Este registo deve ser acompanhado de modo a superar as dificuldades.
  4. Orientar a aprendizagem: Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir, melhorar e completar o trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do possível, adequar o ensino de forma que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.

Etapas da avaliação

Durante o PEA podemos encontrar as seguintes etapas:
  • Determinar o que vai ser avaliado;
  • Estabelecer os critérios e as condições para a avaliação;
  • Seleccionar as técnicas e instrumentos de avaliação;
  • Realizar a aferição dos resultados.

Métodos de avaliação

Existem várias técnicas e instrumentos de avaliação:
  • Para a avaliação diagnóstica, como técnica pode se utilizar o pré-teste, a ficha de observação ou qualquer instrumento elaborado pelo professor para melhor controle.
  • Para avaliação somativa, encontramos os dois instrumentos mais utilizados que são as provas objetivas e subjetivas.
  • Para avaliação formativa, temos como técnicas a observação de trabalhos, os exercícios práticos, provas, etc.
Tipos de avaliação:
1. Avaliação diagnóstica: Este tipo de avaliação realiza-se no início do curso, do ano letivo, do semestre ou trimestre, da unidade ou de um novo tema e pretende verificar o seguinte:
  • Identificar alunos com padrão aceitável de conhecimentos;
  • Constatar deficiências em termos de pré-requisitos;
  • Constatar particularidades.
2. Avaliação formativa: Esta avaliação ocorre ao longo do ano letivo. É através desta avaliação que se:
  • faz o acompanhamento progressivo do aluno;
  • ajuda o aluno a desenvolver as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre o seu desempenho;
  • informa sobre os objetivos, se estão ou não sendo atingidos pelos alunos;
  • identifica obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
  • localiza deficiências e/ou dificuldades na aprendizagem.
3. Avaliação somativa: Esta avaliação classifica os alunos no fim de um semestre ou trimestre, do curso, do ano letivo, segundo níveis de aproveitamento. Tem a função classificadora (classificação final).

Tipos de testes

A verificação e a quantificação (avaliação) dos resultados de aprendizagem no início, durante e no final das unidades visam sempre diagnosticar e superar dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos para que continuem se dedicando aos estudos. Durante o desenvolvimento da aula acompanha-se o rendimento dos alunos por meio de exercícios, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, observação do comportamento, conversas, recordação da matéria.
Provas orais: Realizam-se na base do diálogo entre professor e o aluno, obedecendo os seguintes critérios:
  • Criar condições favoráveis para que os alunos se sintam à vontade.
  • Criar uma conversa amigável com o aluno para que ele se sinta à vontade.
  • Feita a pergunta, deve-se dar tempo para que esta seja objeto de reflexão.
  • O professor deve fazer perguntas claras precisas, diretas e formuladas de maneira pensada.
Provas escritas: Estas provas podem ser usadas em qualquer aula e no início da aula seguinte para o professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e então, saber que rumo dar aos trabalhos da nova aula, ou seja, se é para repetir, retificar ou prosseguir, conforme a situação vivida no momento quanto ao saber, saber fazer e saber ser, estar nos alunos. Costuma-se fazer nessas provas uma atribuição de notas ou classificação, as quais vão determinar a aprovação e reprovação do aluno.
Provas práticas: Neste tipo de prova o aluno é posto diante de uma situação problemática que há de ser resolvida por uma realização material com um conhecimento de elementos visuais.

Critérios de avaliação

A avaliação deve obedecer os seguintes critérios:
  • Tem que ser benéfica;
  • Deve ser isenta de parcialidade, justa e uniforme.
  • Deve ser global;
  • Deve ser eficaz na produção e mudanças no comportamento;
  • Deve estar ao alcance dos alunos;
  • O processo de avaliação deve ser aberto;
  • As conclusões finais devem ter certa validade e longo prazo.
  • Deve ser praticável e não deve ser incômoda e inútil.
Os critérios da escolha das técnicas e instrumentos de avaliação dependem:
  • Dos objetivos de avaliação;
  • Dos meios,
  • Dos conteúdos/complexidade da matéria;
  • Do tempo disponível/duração;
  • Do número de alunos na turma;
  • Do tipo do aluno;
  • Da idade dos alunos;
  • Das condições da sala de aula.

Modelo tradicional e adequado da avaliação

Gadotti (1990) diz que a avaliação é essencial à educação, inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão, sobre a ação. Entende-se que a avaliação não pode morrer. Ela se faz necessária para que possamos refletir, questionar e transformar nossas ações. O mito da avaliação é decorrente de sua caminhada histórica, sendo que seus fantasmas ainda se apresentam como forma de controle e de autoritarismo por diversas gerações. Acreditar em um processo avaliativo mais eficaz é o mesmo que cumprir sua função didático-pedagógica de auxiliar e melhorar o ensino/aprendizagem. A forma como se avalia, segundo Luckesi (2002), é crucial para a concretização do projeto educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a escola valorizam. O autor traça uma comparação entre a concepção tradicional de avaliação e uma mais adequada aos objetivos contemporâneos, relacionando-as com as implicações de sua adoção.

Comparação dos dois modelos de avaliação

1. Visão tradicional
  • Ação individual e competitiva
  • Concepção classificatória
  • Apresenta um fim em si mesma
  • Postura disciplinadora e diretiva do professor
  • Privilégio à memorização
  • Pressupõe a dependência do aluno.
2. Modelo adequado
  • Ação coletiva e consensual
  • Concepção investigativa e reflexiva
  • Atua como mecanismo de diagnóstico da situação
  • Postura cooperativa entre professor e aluno
  • Privilégio à compreensão
  • Incentiva a conquista da autonomia do aluno.

Bibliografia


  • SILVA, Vilson Ferreira da. Avaliação da aprendizagem escolar no ensino fundamental. Florianópolis: Bookess Editora, 2010. ISBN 9788580450101
  • BORDENAVE, Juan Dias & PEREIRA, A. Martins; Estratégias de Ensino-Aprendizagem.
  • FIRME, T. P. (1994) Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro.
  • LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª Ed. São Paulo: Cortez, 2002.